Sabes, pequena, nunca
gostei muito de despedidas. Nunca gostei daqueles abraços apertados com sabor a
saudade, das palavras vagas de quem quer dizer tudo à última da hora, e muito
menos da dor esculpida nos olhos das pessoas. Afinal, as despedidas não são nada. São apenas
pequenos instantes de tempo em que nos apercebemos que, mesmo contra a nossa
vontade e desejo, o tempo que tínhamos com aquela pessoa acabou. Que, não
importa aquilo que façamos, já não existe um “até já” no fim do dia, ou um “até
logo” despreocupado. A única coisa que existe é um intermitente “até a um dia” que
não sabemos quando, e como poderá chegar. Por isso pequena, quando o dia que
tanto tememos deixar de ser apenas uma ilusão que nos tira as noites de sono e
passar a ser tão real que lhe conseguimos distinguir os contornos, quero que
olhes para mim e percebas que nunca serei um “até um dia” carregado de mágoa, e
muito menos uma despedida de abraços apertados. Por muito impossível que possa
ser, quero que me prometas que olharás para mim como um “até já” verdadeiro. Um
daqueles tão certos e autênticos que jamais poderá ser quebrado. Porque assim
pequena, eu tenho a certeza que os dias custarão muito menos a passar, e que a
dor que iremos sentir poderá ser acalentada por alguma certeza mais calorosa. A
certeza de que, não importa o que aconteça e não importa onde estejamos, teremos
sempre um “até já”.
always and always, bby girl.
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